Muito fala-se da obra de Piaget, e de tanto ouvir sobre sua teoria, resolvi saber um pouco mais sobre esse Psicólogo e Filosofo.
E conclusão..... fiquei APAIXONADA... pelo pouquissimo que conheço de sua obra, ele encontrou na criança a resposta ou o caminho para a resolução que perguntas que há muito tempodesafiam a inteligência humana.
E conclusão..... fiquei APAIXONADA... pelo pouquissimo que conheço de sua obra, ele encontrou na criança a resposta ou o caminho para a resolução que perguntas que há muito tempodesafiam a inteligência humana.
Pois bem, nessa postagem tem um pouquinho de Jean, que retirei de alguns sites ,apenas com o próposito de compartilhar um pouco sobre esse mestre.... pois para nós educadoras , principalmente as que trabalham com ed. infantil, Piajet tem muito a nos ensinar , acredito que assim como eu , vcs tb curtem demais esse grande Filósofo, entre outros que nos deixaram grande herança.
A postagem é um pouco grande, espero que gostem!
Psicólogo e filósofo suíço, Jean Piaget foi um importante teórico do processo do conhecimento humano (epistemologia). Inúmeras biografias de Piaget foram escritas e estão disponíveis nas bibliotecas e na Internet. Por esses seus inúmeros biógrafos, que se apóiam em revelações do próprio Piaget, fica-se conhecendo a longa vida que viveu, imerso em estudos, que renderam avanços na neurologia, na psicologia e principalmente na pedagogia. Nasceu em 9 de agosto de 1896, na cidade suíça de Neuchâtel, no Cantão francês, e faleceu em Genebra, em 1980. Nenhum de seus biógrafos deixa de salientar o fato de que, na idade de 10 anos, escreveu um artigo sobre um pardal inteiramente branco (albino), para impressionar a bibliotecária da universidade, que não tomava a sério sua capacidade de entender os livros que buscava ler, e que o estratagema deu certo. Ainda adolescente, Piaget tornou-se internacionalmente conhecido através da publicação de vários artigos sobre espécies de moluscos, cuja evolução, indicada pelos fósseis, era a chave e único indicador para a datação das camadas de rochas, em sua época. Seus estudos eram, portanto, objeto de grande interesse para a pesquisa petrolífera que se intensificava no início do século, e deles, julgo que ficou em Piaget uma certa inclinação pelo enfoque evolutivo, que depois aplicaria na preparação dos testes de inteligência infantil a que mais tarde se dedicou. Piaget bacharelou-se em Biologia pela Universidade de Neuchâtel em 1915; e após doutorar-se em Ciências Naturais na mesma universidade em 1918, mudou-se para Zurique para estudar Psicologia.
A oportunidade de trabalhar no laboratório de testes de Alfred Binet, em 1919, em Paris, foi decisiva para sua orientação científica. Foi tentando aperfeiçoar testes de QI que Piaget ingressou em suas pesquisas sobre as fases do amadurecimento da inteligência na criança. Em 1921, EduardoClaparéde, psicólogo da educação e diretor do instituto Jean-Jacques Rousseau de Genebra destinado à formação de professores, que se havia impressionado com um artigo recebido de Piaget sobre a inteligência infantil, lhe ofereceu um lugar de pesquisador no Instituto. Lá Piaget publicou, em 1923, o seu primeiro livro, "A Linguagem e o Pensamento da Criança". No ano seguinte casou-se com sua assistente Valentine Châtenay, com a qual teve três filhos, Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laureni (1931), crianças cujo desenvolvimento mental Piaget acompanhou e descreveu detalhadamente. Os resultados obtidos da observação da conduta de seus próprios filhos, que abarcaram o período desde o nascimento até aproximadamente 2 anos (período que Piaget designou "sensorio-motor"), foram publicados em 2 volumes: O Naissance de l' intelligence chez l' enfant ("O nascimento da inteligência da criança"), de 1936, e La construction du réel de l'enfant ("A construção de o real na criança"), de 1936. Mais tarde Piaget sucedeu Claparede como diretor e como professor na universidade de Genebra onde lecionou História do Pensamento Científico, Psicologia e Sociologia.
Após a Guerra, em 1946, Piaget participou da criação da UNESCO, órgão das Nações unidas para a Educação, Ciência e Cultura, colaborando na elaboração de seu regimento e tornando-se membro do seu conselho executivo. Em 1950 publicou a primeira síntese de sua teoria do conhecimento: "Introdução à Epistemologia Genética". Nomeado em 1952, foi professor na Sorbone até 1963. Em 1956 Piaget criou, na Faculdade de Ciências de Genebra, o Centro Internacional de Epistemologia Genética, onde passou a investigar sistematicamente, com o apoio de uma grande equipe, o desenvolvimento do pensamento da criança nos modos de pensar moral, abstrato, lógico e concreto. É de 1967 sua principal obra: "Biologia e Conhecimento". Veio a falecer em Genebra a 17 de setembro de 1980. TEORIA Os testes aplicados por Piaget a crianças desde tenra idade, - a principal atividade no Centro Internacional por ele criado em Genebra - provaram que as aptidões para o raciocínio evoluem segundo estágios sucessivos ao longo do desenvolvimento físico da criança. Então, se tais aptidões acompanhavam o desenvolvimento orgânico do indivíduo, elas tinham raízes em estruturas também orgânicas ou genéticas. Em seu entender, isto contrariava a fórmula compormentalista S-R, que expressa o estímulo e a resposta sem a representação do que existe na mente que identifica o estímulo e permite a resposta. Piaget determinou quatro estágios no desenvolvimento da capacidade de raciocínio do indivíduo, que se sucediam até o início da sua adolescência e correspondiam a sucessivas fazes de seu crescimento físico. Essa descoberta tornou-se muito conhecida e fundamento para a pedagogia, a partir de então. Ao primeiro estágio chamou Sensório-motor. Ele corresponde aos dois primeiros anos da vida e caracteriza-se por uma forma de inteligência empírica, exploratória, não verbal. A criança aprende pela experiência, examinando e experimentando com os objetos ao seu alcance, somando conhecimentos.
No segundo estágio, que ele chamou Pré-operacional, e que vai dos dois anos aos sete anos, os objetos da percepção ganham a representação por palavras, as quais o indivíduo, ainda criança, maneja experimentalmente em sua mente assim como havia previamente experimentado com objetos concretos. No terceiro estágio, dos sete aos doze anos, as primeiras operações lógicas ocorrem e o indivíduo é capaz de classificar objetos conforme suas semelhanças ou diferenças. No quarto estágio, dos doze anos até a idade adulta, o indivíduo realiza normalmente as operações lógicas próprias do raciocínio. Os estágios têm caráter integrativo. As estruturas construídas a um nível dado são integradas nas estruturas do nível seguinte. Por exemplo, um "esquema de reunião" para condutas como a de um bebê que empilha toquinhos, permanece na criança mais velha que ajunta objetos procurando classificá-los e mesmo em operações lógicas tais como a reunião de duas classes (os pais mais as mães = todos os pais, etc.). Assim, o desenvolvimento por estágios sucessivos realiza em cada estágio um patamar de equilíbrio. Desde que o equilíbrio seja atingido num ponto, a estrutura é integrada em um novo equilíbrio em formação, sempre mais estável e de campo sempre mais extenso.
A ordem de sucessão das aquisições é constante, no sentido de que uma característica não aparecerá antes de outra num conjunto de indivíduos, e depois em seqüência diferente, em outro conjunto. Rubem Queiroz Cobra Aberta em 21/04/2003 Direitos reservados Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. - Jean Piaget. COBRA PAGES: www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2003. ("Geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de COBRA.PAGES)
Curiosidades:
Curiosidades:
O pai de Piaget, Arthur Piaget, era professor de literatura. Piaget com apenas 10 anos publicou, em Neuchâtel, um artigo sobre um pardal branco. Aos 22 anos, Piaget já era doutor em Biologia. Piaget escreveu cerca de 70 livros e 300 artigos sobre Psicologia, Pedagogia e Filosofia. Piaget casou-se com uma de suas assistentes, Valentine Châtenay. Observando seus filhos, desvendou muitos dos enigmas da inteligência infantil. Vygotsky prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança, de Piaget, de 1923. Vygotsky e Piaget não se conheceram pessoalmente.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM Jean Piaget A tradução do texto a seguir, realizada por Paulo Francisco Slomp, destina-se aos estudos desenvolvidos na disciplina EDU01136 Psicologia da Educação B.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM Jean Piaget A tradução do texto a seguir, realizada por Paulo Francisco Slomp, destina-se aos estudos desenvolvidos na disciplina EDU01136 Psicologia da Educação B.
Fonte: PIAGET, Jean. Development and learning. in LAVATELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972. Fragmento de:
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM Jean Piaget Primeiramente gostaria de tornar claro a diferença entre dois problemas: o problema do desenvolvimento em geral, e o problema da aprendizagem. Penso que estes problemas são muito diferentes, ainda que algumas pessoas não façam esta distinção. O desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo, ligado ao processo global da embriogênese. A embriogênese diz respeito ao desenvolvimento do corpo, mas também ao desenvolvimento do sistema nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. No caso do desenvolvimento do conhecimento nas crianças, a embriogênese só termina na vida adulta. É um processo de desenvolvimento total que devemos re-situar no contexto geral biológico e psicológico. Em outras palavras, o desenvolvimento é um processo que se relaciona com a totalidade de estruturas do conhecimento. A aprendizagem apresenta o caso oposto. Em geral, a aprendizagem é provocada por situações -- provocada por um experimentador psicológico; ou por um professor, com referência a algum ponto didático; ou por uma situação externa. Ela é provocada, em geral, como oposta ao que é espontâneo. Além disso, é um processo limitado a um problema simples ou uma estrutura simples. Assim, considero que o desenvolvimento explica a aprendizagem, e esta opinião é contrária a opinião amplamente sustentada de que o desenvolvimento é uma soma de unidades de experiências de aprendizagem. Para alguns psicólogos o desenvolvimento é reduzido a uma série de itens específicos aprendidos, e então o desenvolvimento seria a soma, a acumulação dessa série de itens específicos. Penso que essa é uma visão atomísta que deforma o estado real das coisas. Na realidade, o desenvolvimento é o processo essencial e cada elemento da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, em lugar de ser um elemento que explica o desenvolvimento. Começarei, então, com uma primeira parte tratando com o desenvolvimento e falarei sobre aprendizagem na segunda parte. Para compreender o desenvolvimento do conhecimento, devemos começar com uma idéia que parece central para mim -- a idéia de uma operação. O conhecimento não é uma cópia da realidade. Para conhecer um objeto, para conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele. Conhecer é modificar, transformar o objeto, e compreender o processo dessa transformação e, conseqüentemente, compreender o modo como o objeto é construído. Uma operação é, assim, a essência do conhecimento. É uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. Por exemplo, uma operação consistiria na reunião de objetos em uma classe, para construir uma classificação. Ou uma operação consistiria na ordenação ou colocação de coisas em uma série. Ou uma operação consistiria em contagem ou mensuração. Em outras palavras, é um grupo de ações modificando o objeto, e possibilitando ao sujeito do conhecimento alcançar as estruturas da transformação. (...) Este texto foi traduzido por Paulo Francisco Slomp do original incluído no livro de: LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972.Que, por sua vez, é a reimpressão das páginas 7-19 de: RIPPLE, R. e ROCKCASTLE, V. Piaget rediscovered. Cornell University, 1964.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM Jean Piaget Primeiramente gostaria de tornar claro a diferença entre dois problemas: o problema do desenvolvimento em geral, e o problema da aprendizagem. Penso que estes problemas são muito diferentes, ainda que algumas pessoas não façam esta distinção. O desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo, ligado ao processo global da embriogênese. A embriogênese diz respeito ao desenvolvimento do corpo, mas também ao desenvolvimento do sistema nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. No caso do desenvolvimento do conhecimento nas crianças, a embriogênese só termina na vida adulta. É um processo de desenvolvimento total que devemos re-situar no contexto geral biológico e psicológico. Em outras palavras, o desenvolvimento é um processo que se relaciona com a totalidade de estruturas do conhecimento. A aprendizagem apresenta o caso oposto. Em geral, a aprendizagem é provocada por situações -- provocada por um experimentador psicológico; ou por um professor, com referência a algum ponto didático; ou por uma situação externa. Ela é provocada, em geral, como oposta ao que é espontâneo. Além disso, é um processo limitado a um problema simples ou uma estrutura simples. Assim, considero que o desenvolvimento explica a aprendizagem, e esta opinião é contrária a opinião amplamente sustentada de que o desenvolvimento é uma soma de unidades de experiências de aprendizagem. Para alguns psicólogos o desenvolvimento é reduzido a uma série de itens específicos aprendidos, e então o desenvolvimento seria a soma, a acumulação dessa série de itens específicos. Penso que essa é uma visão atomísta que deforma o estado real das coisas. Na realidade, o desenvolvimento é o processo essencial e cada elemento da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, em lugar de ser um elemento que explica o desenvolvimento. Começarei, então, com uma primeira parte tratando com o desenvolvimento e falarei sobre aprendizagem na segunda parte. Para compreender o desenvolvimento do conhecimento, devemos começar com uma idéia que parece central para mim -- a idéia de uma operação. O conhecimento não é uma cópia da realidade. Para conhecer um objeto, para conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele. Conhecer é modificar, transformar o objeto, e compreender o processo dessa transformação e, conseqüentemente, compreender o modo como o objeto é construído. Uma operação é, assim, a essência do conhecimento. É uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. Por exemplo, uma operação consistiria na reunião de objetos em uma classe, para construir uma classificação. Ou uma operação consistiria na ordenação ou colocação de coisas em uma série. Ou uma operação consistiria em contagem ou mensuração. Em outras palavras, é um grupo de ações modificando o objeto, e possibilitando ao sujeito do conhecimento alcançar as estruturas da transformação. (...) Este texto foi traduzido por Paulo Francisco Slomp do original incluído no livro de: LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972.Que, por sua vez, é a reimpressão das páginas 7-19 de: RIPPLE, R. e ROCKCASTLE, V. Piaget rediscovered. Cornell University, 1964.
Fonte dos textos:http://www.cobra.pages.nom.br/
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